A Escola Pública e a Educação de Jovens e Adultos: o que diz a Política em Contexto de Texto Sobre essa Modalidade

Autores

  • Francisco Canindé da Silva Silva UERN
  • Maria da Conceição Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Carla Daiane Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Cleide Cavalcante Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.47764/e21021020

Palavras-chave:

Educação de Jovens e Adultos, Escola pública, Natalidade, Políticas de EJA

Resumo

O artigo tem por objetivo compreender como a escola pública vem acolhendo a EJA em suas múltiplas dimensões. Para esta compreensão se fez necessário tratar com documentos que orientam a referida modalidade no Estado do Rio Grande do Norte, na relação específica com uma escola que abriga esse público. Dentre os documentos, destacamos o Documento Curricular do Estado do Rio Grande do Norte (DCRN) e o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola no município de Assú/RN. Os documentos foram interpretados a partir de Arendt (2014), Mainardes (2006), Santos (2002), Laval (2004) e outros. Percebemos alguns pontos importantes durante o estudo: a EJA pode se configurar como espaço de natalidade da condição humana e seus documentos orientadores continuam se estruturando necessariamente na função reparadora. Concluímos, realçando a necessidade de reformulação nos documentos oficiais para instituir a função qualificadora e formadora, mesmo que no cotidiano já venha acontecendo como prática emancipatória.

Biografia do Autor

Maria da Conceição, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Graduada em Pedagogia (UERN), Especialista em Psicopedagogia (FVJ) e Mestra em Educação (POSEDUC/UERN). Professora da Educação Básica, nas redes estadual e municipal de ensino em Assú/RN

Carla Daiane, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Graduada em Pedagogia (UERN), Especialista em Educação de Jovens e Adultos (FAMESP), Mestranda em Educação, POSEDUC/UERN.

Cleide Cavalcante, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Mestranda em Educação no POSEDUC/UERN.  Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Materna na UERN, Especialista em Gestão e Coordenação Escolar na FVJ e Licenciada em Letras pela UERN. Professora da Educação Básica na rede municipal em Assu/RN.

Referências

Alves, Nilda; Andrade, Nívea; Caldas, Alessandra Nunes. Os movimentos necessários às pesquisas com os cotidianos – após muitas ‘conversas’ acerca deles. In: OLIVEIRA, Inês Barbosa de;

Peixoto, Leonardo Ferreira; Sussekind, Maria Luiza (orgs.). Estudos do cotidiano, currículo e formação docente: questões metodológicas, políticas e epistemológicas. Curitiba: CRV: 2019.

Arendt. H. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.

Arendt, H. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro Barbosa de Almeida. São Paulo: Perspectiva, 2014b.

Ball, Stephen; Bowe, Richard. Abordagem do ciclo de políticas. In: Mainardes, Jefferson. Abordagem do ciclo de políticas: uma contribuição para a análise de políticas educacionais. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 27, n. 94, p. 47-69, jan./abr. 2006. doi:10.1590/S0101-73302006000100003

Brasil. Conselho Nacional de Educação. Parecer CEB n. 11/2000. Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, maio 2000.

Brasil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB n. 9.394/1996. Brasília, 1996.

Brunel, Carmen. Jovens cada vez mais jovens na educação de jovens e adultos. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004.

Campelo, Maria Estela Costa Holanda. A função reparadora na educação de jovens e adultos: uma leitura do cotidiano escolar. Revista Educação em Questão, Natal, v. 35, n. 21, p. 210-233, maio/ago. 2009.

Certeau, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Trad. Ephraim Ferreira Alves. 17. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

Freire, Paulo. Pedagogia do oprimido. 32. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

Laval. C. A escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Trad. Maria Luiza M. de Carvalho e Silva. Londrina: Editora Planta, 2004.

Oliveira, Inês Barbosa de. O currículo como criação cotidiana. Petrópolis, RJ: DP et Alii, 2012

Oliveira, J. L. Hannah Arendt e o sentido da categoria da natalidade. São Paulo: Argumentos, 2011, p. 79-88.

Paiva, Jane. Tramando concepções e sentidos para redizer o direito à educação de jovens e adultos. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 33, set./dez, 2006.

Rio Grande do Norte. Documento Curricular do Rio Grande do Norte. Natal/RN, 2018.

Matos, Kelma Socorro Lopes de. Juventude, professores e escola: possibilidades de encontros. Ijuí: Unijuí, 2003.

Projeto Político Pedagógico. Escola Estadual Manoel Pessoa Montenegro. Assú/RN, 2019.

Sales, Sandra Regina. Fischman, Gustavo E. propostas para ir além da “persistência da burrice” e outras “ideias zumbi” na EJA. Revista Teias v. 17, 2016. doi:10.12957/2016.25004

Santos, Boaventura de Sousa. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais. n. 63, p. 237-280, out. 2002. Disponível em: . Acesso em: 11 dez. 2020.

Publicado

2021-12-30

Como Citar

Silva, F. C. da S., Fonseca, M. da C. ., SARAIVA, C. D. ., & CAVALCANTE , M. C. S. . (2021). A Escola Pública e a Educação de Jovens e Adultos: o que diz a Política em Contexto de Texto Sobre essa Modalidade. Revista Internacional Educon, 2(2), e21021020. https://doi.org/10.47764/e21021020

Edição

Seção

Artigos