História e Cultura indígena: estudo e pesquisa durante as aulas remotas no ensino superior

Autores

  • Sueli do Nascimento Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – Unesp – Marília/SP https://orcid.org/0000-0002-7043-3480
  • Alonso Bezerra de Carvalho Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – Unesp –Marília/SP

DOI:

https://doi.org/10.47764/e21021008

Palavras-chave:

Ensino Superior, História e Cultura Indígena, Consciência histórica

Resumo

Expõe-se aqui o resultado das aulas remotas transmitidas durante a pandemia Covid-19, abordando a temática indígena, com base na Lei nº 11.645/08, relativa ao ensino superior. Objetivo foi o de fomentar a transição da consciência ingênua freireana e a prévia rüseniana, a partir do saber histórico de 26 acadêmicos do curso superior em Engenharia da Computação, no período de agosto a novembro de 2020, no UniSALESIANO (Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium), Araçatuba/SP. Abordar-se-á aqui o processo da temática relacionada aos povos indígenas, focando a desmitificação, as lacunas e, sobretudo, a desconstrução de conceitos e preconceitos apresentados nas dissertações dos alunos sobre tais povos. A se destacar a importância da partilha no Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Ética e Sociedade (Gepees), que possibilitou esta ininterrupta construção-desconstrução-construção em nossa ação, enquanto pesquisadores, no âmbito da educação e das estratégias utilizadas, que contribuíram para o processo da formação da consciência histórica.

Biografia do Autor

Sueli do Nascimento, Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – Unesp – Marília/SP

Doutoranda em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista - Unesp, Campus de Marília. Mestre em Educação, graduada em Pedagogia, Letras e História; integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Ética e Sociedade – GEPEES - Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – Unesp – Marília/SP. Professora e membro do Conselho Consultivo da Revista UNIVERSITAS no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium-UniSALESIANO em Araçatuba - SP. 

Alonso Bezerra de Carvalho, Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – Unesp –Marília/SP

Doutor e mestre em Educação; pós-doutor em Ciências da Educação; graduado em Filosofia e em Ciências Sociais; professor adjunto do Departamento de Didática e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – Unesp –Marília/SP; líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Ética e Sociedade – GEPEES - Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade do Estado de São Paulo – Unesp – Marília/SP.

Referências

Adichie, C. N. (2019). O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras.

Alencar, J. (2018). Iracema. Rio de Janeiro: BestBolso.

Amorim, C.; Paladino, M. (2012). Cultura e literatura africana e indígena. Curitiba: IESDE Brasil S.A.

Andrade, M. (2016). Macunaíma. São Paulo: Martin Claret.

Bauman, Z. (1995). A vida fragmentada: ensaios sobre a moral pós-moderna. Lisboa: Relógio d’ Água.

Bergamaschi, M. A.; Zen, M. I. H.; Xavier, M. L. M. F. (Orgs.). (2012). Povos Indígenas e Educação. Porto Alegre: Meditação.

Brasil. Lei nº. 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, 2008. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm.

Carvalho, A. B. (2016). A relação professor e aluno: paixão, ética e amizade na sala de aula. Curitiba: Appris.

Dussel, E. (2012). Ética da Libertação: na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes.

Dussel, E. (1993).1492 - O encobrimento do outro: a origem do “mito da Modernidade”. In: Conferências de Frankfurt. Trad. de Jaime A. Clasen. Petrópolis, RJ: Vozes.

Freire, P. (1980). Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes.

Freire, P. (1981a). Educação e mudança. Rio Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (1981b). Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (1997). Política e educação. São Paulo: Cortez.

Freire, P. (2002). Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (2003). Educação e Atualidade Brasileira. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire.

Freire, P. 2016. Conscientização. São Paulo: Cortez.

Hall, S. (2015). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

Jecupé, K. W. (2020). A terra dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio São Paulo: Peirópolis.

Kusch, Rodolfo. Geocultura del hombre americano. Buenos Aires: Fernando Garcia Cambeiro, 1976.

Medeiros, J. S. Povos indígenas e a Lei nº 11.645: (in) visibilidades no ensino da história do Brasil. In: Bergamaschi, M. A.; Zen, M. I. H.; Xavier, M. L. M. F. (Orgs.). 2012. Povos Indígenas e Educação. Porto Alegre: Meditação.

Mignolo, W. D. (2008). La opción de-colonial: desprendimiento y apertura. Un manifiesto y un caso. Tabula Rasa: Bogotá - Colombia, n. 8: 243-281, enero-junio/2008. Recuperado de http://www.revistatabularasa.org/numero-8/mignolo1.pdf.

Munduruku, D. (2012). O caráter educativo do movimento indígena brasileiro (1970-1990). Coleção Educação em foco. São Paulo: Paulinas.

Quijano, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Lander, E. (Org.). 2005. p. 118-142. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, Colección Sur Sur.

Quijano, A. Os Fantasmas da América Latina. Tradução de Olga Cafalcchio. In: NOVAES, A. (Org.). (2006). Oito visões da América Latina. São Paulo: Editora Senac,

Ribeiro, Darcy (s. d.). Maíra. Editora Civilização Brasileira S.A.: São Paulo.

Rüsen, J. (2010a). História viva - Teoria da história III: forma e funções do conhecimento histórico. Trad. Estevão de Rezende Martins. Brasília: UnB.

Rüsen, J. (2010b). Razão histórica - Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Tradução: Estevão C. de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

Rüsen, J. (2014). Cultura faz sentido: orientações entre o ontem e o amanhã. Tradução: Nélio Schneider. Petrópolis: Vozes.

Rüsen, J. (2015). Teoria da história: uma teoria da história como ciência. Tradução: Estevão C. de Rezende Martins. Curitiba: Editora UFPR.

Santos, B. S. S. (2008). Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez.

Scliar, M. (2009). A majestade do Xingu. São Paulo: Companhia das Letras.

Souza, José Otávio Catafesto de (2012). Reconhecimento oficial da autonomia e da sabedoria dos agentes originários e reorientação do projeto (Inter) Nacional Brasileiro. In: Bergamaschi, M. A.; Zen, M. I. H.; Xavier, M. L. M. F. (Orgs.). Povos Indígenas e Educação. Porto Alegre: Meditação.

Publicado

2021-07-16

Como Citar

Nascimento, S. do, & Bezerra de Carvalho, A. (2021). História e Cultura indígena: estudo e pesquisa durante as aulas remotas no ensino superior. Revista Internacional Educon, 2(1), e21021008. https://doi.org/10.47764/e21021008

Edição

Seção

Artigos